terça-feira, 28 de abril de 2009

Relações Públicas Governamentais

Hello, turma do curso de Relações Públicas e Comunicação Estratégica - de 2009 - da Faculdade de Educação e Comunicação, em Nampula/Moçambique!

Vamos leccionar, pela primeira vez, a disciplina de Relações Públicas Governamentais. Sois os nossos primeiros estudantes nesta matéria.

Então, vamos interagir...

Estamos abertos a ideias, comentários e sugestões sobre o que são Relações Públicas Governamentais e, sobretudo, a partilhar material relacionado com os seguintes conteúdos: Democracia. Povo/Sociedade. Cidadão/Cidadania. Lobbies. Informação. Direito à informação e o dever de informação com a sociedade e a opinião pública. Organização e actividades da esfera pública. Princípios de políticas públicas. Interesses públicos e privados, nacionais e internacionais. Diferenciação entre políticas de Estado e políticas de Governo: interesses de Estado e interesses de Governo. Relações diplomáticas e Diplomacia. Embaixadas. Negociação e gerenciamento de conflitos e crises. Formação da opinião pública. Persuasão, ideologia e propaganda. Imagem e reputação corporativa/governamental. Advocacy e policy, RP e cerimonial e protocolo.

Podeis escrever aqui os vossos comentários ou também enviar as sugestões e o material que quereis partilhar para: arlindoferreirapinto@gmail.com
apinto@ucm.ac.mz

O desafio está aberto...

P. Arlindo Pinto

segunda-feira, 27 de abril de 2009

2 - História do Curso de Comunicação da FEC

2 - História do Curso de Comunicação da FEC

A Universidade Católica de Moçambique adoptou o método de ensino e aprendizagem designado Problem Based Learning (PBL) – Aprendizagem Baseada em Problemas.
Em poucas palavras, o que é o PBL?

Uma vez que o método pedagógico de ensino-aprendizagem PBL (Problem Based Learning – Aprendizagem Baseada em Problemas), em vigor na maioria dos cursos de Bacharelato nas faculdades da Universidade Católica de Moçambique, é ainda um método pouco conhecido, considera-se pertinente explicar, brevemente, do que se trata.

O método PBL, em geral, consta de três elementos base: as sessões tutoriais, as palestras e as práticas.

Os estudantes formam grupos tutoriais, constituídos por 14 a 20 estudantes, orientados por um docente (tutor) que os confrontam, em sessões tutoriais (sessões teóricas), com uma situação real ou hipotética (tarefa ou problema) para que activem e discutam os seus conhecimentos prévios e cheguem a um consenso sobre os objectivos de aprendizagem que querem atingir. Os objectivos devem estar previstos no plano curricular.

Seguidamente, os estudantes procuram informações em bibliografia específica e em outras fontes, para, na sessão tutorial seguinte, apresentar e discutir os resultados da pesquisa ao resto do grupo. O docente faz, no fim de cada sessão, uma síntese das matérias, notando até onde os estudantes chegaram e, eventualmente, desenvolvendo o que faltou de essencial ou, então, ficou pouco claro ao longo dos debates.

Nos grupos tutoriais, os estudantes desenvolvem atitudes e habilidades que os levam a saber: preparar, discutir e argumentar um tema; assumir responsavelmente os próprios estudos; e a respeitar a opinião e a argumentação dos outros colegas. Importante ainda de realçar é o facto de que são os estudantes que, alternadamente, moderam e secretariam as sessões tutoriais.

As palestras são sessões interactivas, orientadas por um perito externo ou um docente da matéria, com vista a completar conteúdos não abarcados ou discutidos nos grupos tutoriais. As palestras dão também espaço para que os estudantes tirem dúvidas sobre a matéria que versam as sessões teóricas.

As práticas são sessões onde os estudantes, em grupo ou individualmente, desenvolvem habilidades práticas e aplicam projectos por si elaborados, tendo em conta os conhecimentos adquiridos nas sessões teóricas. Estas sessões terminam com um relatório, apresentado pelos estudantes em plenário, onde se faz a avaliação dos resultados alcançados.

Antes de iniciarem as matérias de Comunicação, no primeiro semestre do primeiro ano, os novos ingressos fazem, com os estudantes das Ciências da Educação, um Tronco Comum, em método clássico, onde são leccionadas matérias para permitirem aos estudantes suprir algumas dificuldades trazidas do ensino secundário geral, inserirem-se na vida académica do Ensino Superior e ainda dotarem-se de conhecimentos que os ajudem a optar, definitivamente, pelo curso da sua preferência. Os estudantes que enveredarem pelas Ciências da Comunicação iniciam, no segundo semestre, com as matérias específicas da Comunicação, seguindo o método PBL.

No que diz respeito ao quarto ano de Licenciatura em Ciências da Comunicação – Especialização em Relações Públicas e Comunicação Estratégica, todas as matérias são leccionadas em método clássico.

Naturalmente que a reflexão e o trabalho feitos até ao momento não são um produto acabado. Ficarão sempre sujeitos a alterações, na forma e no conteúdo. À semelhança da vida das sociedades, a ciência não é estática mas mutável e dinâmica.

P. Arlindo Pinto

1 - A história do Curso de Comunicação da FEC

História do Curso de Comunicação da FEC

Quem não gosta de saber a sua história? Quando e como nasceu?...

Esta é a história do Curso de Comunicação da Faculdade de Educação e Comunicação, da Universidade Católica de Moçambique, em Nampula.

A Faculdade de Ciências da Educação abriu as suas portas, solenemente, em Agosto de 1998. Nessa altura e em todo o País, não havia nenhuma instituição de Ensino Superior que formasse profissionais na área da Comunicação. A Escola de Jornalismo, sediada no Maputo, era a única instituição que formava profissionais da Comunicação, mas apenas de nível médio. Então, tendo em conta esta grande lacuna de formação profissional de nível superior nesta área tão importante das ciências, a Universidade Católica de Moçambique (UCM) pensou em introduzir, primeiro, o curso de Bacharelato em Comunicação e Recursos Humanos (BCRH) e, mais tarde, a Licenciatura em Comunicação Social (LCS).

É assim que, logo no ano lectivo de 1998/99, a Faculdade oferecia no seu currículo académico o curso de BCRH (1 ano propedêutico + 3 anos), tendo-se nele inscrito 14 estudantes. No ano seguinte, 1999/00, inscreveram-se no curso de BCRH 29 estudantes (16 Mulheres e 13 Homens).

Nesse mesmo ano de 1999/00, a Faculdade ofereceu o curso de LCS (1 ano propedêutico, + 3 anos: bacharelato, + 1 ano: licenciatura), tendo-se inscrito neste curso 23 estudantes (9 M e 14 H). Em 2000/01, eram já mais de 30 os estudantes que frequentavam cada um dos cursos de Bacharelato e Licenciatura. Neste mesmo ano, foram leccionadas as primeiras disciplinas específicas da Comunicação, a saber: Teorias da Comunicação e Informação, Comunicação Áudio-scripo-visual e Práticas de Comunicação Áudio-scripo-visual. Em termos de docentes, a Faculdade contava apenas com dois profissionais formados em Comunicação Social e com experiência em Jornalismo.

A partir de 2001/02 já não se aceitaram novos ingressos no curso de Bacharelato em Comunicação e Recursos Humanos.

Dada a procura e a própria relevância da Comunicação dentro da Faculdade, em 2003, a UCM alterou o nome da Faculdade de Ciências da Educação para Faculdade de Educação e Comunicação.

É óbvio que a Faculdade sendo tão jovem e os cursos estando no seu início sentia sérias dificuldades materiais, sobretudo no que dizia respeito à biblioteca e aos meios técnicos necessários para as aulas práticas ligadas à comunicação áudio-visual, nomeadamente Rádio e Televisão. No ano de 2000, graças ao esforço para modernizar a Faculdade, foram colocados os primeiros computadores à disposição dos estudantes, para a elaboração dos seus trabalhos académicos.

Em 2002, graduavam os primeiros 9 (6 H e 3 M) bacharéis do BCRH e, em 2003, os primeiros 9 (4 H e 5 M) bacharéis em Comunicação Social. Nos anos lectivos de 2003/04 e 2004/05, não se leccionou o quarto ano de Licenciatura em Comunicação Social, por o número de estudantes ser exíguo. Este veio a ter lugar em 2005/06, tendo frequentado o curso 31 (8 M 23 H) estudantes; e, no ano seguinte, em 2006/07, inscreveram-se no curso 47 (27 M 20 H) novos estudantes. Os primeiros 14 (4 M 10 H) licenciados em Comunicação Social graduaram em 2006.

O curso do Bacharelato passou por uma profunda revisão curricular, tendo em vista a introdução do novo método pedagógico de ensino-aprendizagem, designado Problem Based Learning (PBL) – Aprendizagem Baseada em Problemas, a partir do ano lectivo de 2004/05, em todas as Faculdades da Universidade Católica. Este método PBL, em comparação com o método clássico, é uma forma de ensino mais participativo, na medida em que obriga os estudantes a terem um papel de maior comprometimento e responsabilidade na evolução das actividades académicas, ao longo do seu processo de estudo.

Na tentativa de elaborar um currículo que formasse graduados competentes e no esforço de identificar as necessidades da sociedade e do mercado moçambicano, na área da Comunicação, em Maio de 2005, o Departamento de Comunicação da Faculdade levou a cabo uma pesquisa de mercado. Neste contexto e para garantir a prossecução deste objectivo, colocaram-se perguntas tais como: Quais competências necessitam os estudantes do curso de Comunicação para servir a sociedade moçambicana actual? Qual seria o papel da Faculdade de Educação e Comunicação da UCM no desenvolvimento destas competências? Que competências deve ter um graduado em Comunicação com grau de bacharelato em Moçambique, nas áreas de Jornalismo, Relações Públicas, Marketing e Publicidade e Comunicação para o Desenvolvimento (Comunicação Comunitária)? Até que ponto existe espaço no mercado moçambicano para os graduados com estas competências? Quais são as perspectivas a médio prazo (10 anos) de crescimento do mercado de emprego na área de Comunicação?

Resultado da conclusão da pesquisa, foram identificadas quatro áreas que passaram a ter no curso um peso curricular igual a 25 por cento cada uma, designadamente: Jornalismo, Relações Públicas, Marketing/Publicidade e Comunicação para o Desenvolvimento, na qual se destaca a área de Comunicação Comunitária.

A partir de 2007/08, a Licenciatura em Comunicação Social passa a designar-se por Licenciatura em Ciências da Comunicação, e, em 2009, dá-se início à Licenciatura com especialização em Relações Públicas.

Até 2009, estatisticamente, a Faculdade graduou um total de: 25 (13 H e 12 M) bacharéis em Comunicação e Recursos Humanos; 91 (49 H e 42 M) bacharéis em Comunicação Social; 49 (26 H e 23 M) bacharéis em Ciências da Comunicação; 63 (35 H e 28 M) licenciados em Comunicação Social; e 11 (6 H e 5 M) licenciados em Ciências da Comunicação.

Hoje, a Faculdade tem uma biblioteca com os livros essenciais e actualizados de todas as áreas disciplinares de Comunicação e de Educação, um magnífico Estúdio de Rádio Digital, e um Centro de Informática com acesso gratuito e permanente à Internet. Em termos de recursos humanos, o Departamento de Comunicação conta com um «staff» de sete docentes, a tempo inteiro, e vários colaboradores, a tempo parcial, formados em diversas áreas da Comunicação.

P. Arlindo Pinto